Alma estarrecida
Falsas declarações escorrendo gosmentas pelas paredes
Propósitos e despropósitos coexistindo
Olhos no espelho
Olhos na janela
Boca derramando palavras soltas num tom triste
Um lápis sambando entre os dedos tamborilantes
Frases distorcidas num papel torcido
Uma agonia se instala na altura dos seios arfantes
Olhos no relógio
Olhos na janela
Alma na espreita
Ela se sentou ao meu lado
Pôs as mãos nos meus joelhos
E aconchegou minha cabeça nas suas pernas
Arrotou-me suas fumaças
Durma, querida
A solidão veio me fazer companhia esta noite
Não era ela que eu estava esperando
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