Hipergrafia Nostálgica

Em memória do meu nunca-esquecido-cachorro-Mike e das coisas que eu tenho perdido ao longa da vida.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Vendo-me

Sou mulher ordinária
Dessas que fácil se compra
Que se vende por poema sem rima
E sorrisos

Não sou elitizada
Ideal, já não sou de me impor
Nem de opor
Conservo-me calada

Ainda tenho minhas preferências
Gosto de longas cartas
De caixas vazias e presentes sem embrulho
De noites muito frias
E de conversas sem fim
Mas eu nada exijo além da ida sem volta

Sou mulherzinha ordinária
Mais fácil me leva o que não vacilar
O que me der certeza
De para sempre de mim me separar.

2 comentários:

  1. A insensatez de uma ordinária... a poesia maldita, sem medo, livre e que poucos entendem! Isso é poesia. Um canto da saturnal! Excelente!
    Muito bom!

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  2. Não por ser de facil compra, mas de alto custo, e quem disse que é fácil fazer uma mulher ordinaria sorrir verdadeiramente? es ai o misterio dessas complexas...

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